ADRIANE GALISTEU, LOIRAÇA BELZEBU, GODIVA DA LAPA...



Em 2016, o já lendário ensaio fotográfico de Adriane Galisteu na Grécia, clicado por J.R. Duran, completa 21 anos de idade, e atinge a maioridade. Parece que foi ontem que vimos, extasiados, a jovem modelo loura paulistana, que dois anos antes perdera seu namorado Ayrton Senna num terrível desastre automobilístico, fazendo um número "viúva alegre" ao depilar sua adorável bucetinha com creme de barbear e um singelo e insuspeito ladyshave.


Adriane tinha 21 anos quando Senna morreu, e 23 quando posou para essas fotos magníficas, que, diga-se de passagem, serviram para enterrar de vez a imagem imaculada que ela vendeu ostensivamente ao público ao longo dos dois anos que separam um evento do outro.

Foi uma jogada arriscada, mas que funcionou às mil maravilhas. Graças a essas fotos, Adriane estava finalmente livre para se desvincular da imagem de Senna e se reinventar como apresentadora de TV e celebridade profissional.



É sempre bom frisar que tudo isso só foi possível porque Adriane, bem aconselhada por gente do ramo, não hesitou em reunir em torno dela e manter ativa toda a Assessoria de Imprensa que trabalhava para Senna -- cujo time de jornalistas a Família Senna demitir pouco depois de sua morte.

Juntos, Adriane e esse time de jornalistas elaboraram estratégias de marketing pessoal muito bem planejadas e, com o suporte precioso do tarimbadíssimo jornalista Nirlando Beirão, elaborou o livro autobiográfico "O Caminho das Borboletas - Meus 405 dias ao lado de Ayrton Senna", que se tornou o maior sucesso editorial de 1984, ganhando edições em várias línguas.



Óbvio que tudo isso desagradou a Família Senna, que estava odiando ver alguém de fora do círculo familiar tomar a pole position como legítima co-proprietária de quase um ano e meio da biografia do ídolo morto.

Mas, com medo de que Adriane abrisse a boca e revelasse outras particularidades da personalidade de Senna que seu fãs talvez não gostassem de conhecer, a Família desistiu de brigar e, a conselho de seus advogados, acenou para ela com uma proposta de paz.

Que, reza a lenda, foi aceita de imediato.


Pois bem: passados 21 anos dessas fotos de tirar o fôlego de qualquer um, a carreira de Adriane ficou bem aquém do que se esperava.

Seus programas de TV, por melhores que fossem, nunca vingaram perante o grande público.

Contratos prolongados com a Band e o SBT a mantiveram fora do ar por anos e anos, aguardando um programa a ela prometido, mas que nunca veio.

Pouco a pouco, a estrela de Adriane foi apagando, e ela foi ficando mais e mais voltada para sua empresa de promoções, permanecendo visível nas colunas de variedades graças a um eficaz trabalho de Assessoria de Imprensa, que consegue torná-la notícia mesmo inativa.



Nas palavras de Xico Sá: "a foto da raspadinha de Adriane Galisteu, em cerimônia grega de autodepilação com um aparelhinho qualquer de barbear, como no mais lindo dos improvisos caseiros pré-cera negra espanhola, é um clássico erótico da nossa educação sentimental."

Xico lembra ainda que "Adriane Galisteu é uma excelente apresentadora mal-aproveitada pela tv brasileira. Não tem apenas carisma, tem o afeto que se encerra a cada gesto e a câmera gosta e se delicia a cada close, a cada lance… Aprecio deveras. Nas curvas do teu corpo, capotei meu coração, como estava escrito no para-choque do caminhão do meu velho. Capotagem platônica, evidentemente; homérica fosse, quem dera!"



















































































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