Yoná
Magalhães começou a sua carreira na rádio e TV Tupi em 1954, desempenhando
pequenos papéis e fazendo figuração. Depois de muito trabalho, teve a sua
grande chance e surgiram os grandes papéis e personagens de destaque. Tudo isto
ainda antes do videotape. Apesar de estar afastada do Rio de Janeiro, tendo ido
morar para a Bahia, não abandonou o trabalho. Em Salvador, com o grupo A Barca,
formado por ex-alunos da escola de teatro e sob a direção de Luís Carlos
Maciel, participou em grandes clássicos da TV Itapoan. Convidada por Glauber
Rocha, participou também da gravação de Deus e o Diabo na Terra do Sol, como
Rosa, filmando em Monte Santo, na Bahia.
No
teatro trabalhou com vários autores brasileiros como: Vicente Pereira, Nelson
Rodrigues, Plínio Marcos, Guilherme Figueiredo, Miguel Falabella, Pedro Bloch,
Alcione Araújo e Carlos E. Neves. Contudo, dedicou-se mais à televisão, onde
realizou a maioria dos seus trabalhos.
Em
1964 voltou ao Rio de Janeiro. Ainda antes de voltar ao vídeo, foi dirigida por
Sérgio Cardoso, tendo recebido um convite da atriz Nathália Timberg para
trabalhar na peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, encenada no Teatro Municipal.
Participou ainda nas montagens de Terror e Miséria no Terceiro Reich, de
Bertolt Brecht, e em Os Físicos, de Dürrenmat, antes de criar sua própria
Companhia, com a qual encenou O Pecado Imortal e Os Inimigos Não Mandam Flores,
de Pedro Bloch.
A
popularidade veio em março de 1966, quando foi convidada por Walter Clark para
participar na novela Eu Compro Esta Mulher (1966), de Glória Magadan, onde formou
par com o ator Carlos Alberto, sendo o primeiro par romântico da emissora. A
atriz trabalhou ainda em outras novelas da mesma autora, tais como O Sheik de
Agadir (1966), com Leila Diniz e Marieta Severo, A Sombra de Rebecca (1967), O
Homem Proibido (1968), A Gata de Vison (1968/1969), onde contracenou com
Tarcísio Meira e Geraldo Del Rey, e A Ponte dos Suspiros (1969). Com o ator
Carlos Alberto Yoná formou a dupla mais famosa da televisão brasileira.
Yoná
Magalhães foi a primeira mocinha do casting da Rede Globo.
Transferiu-se
para a Rede Tupi, de São Paulo, em 1970, junto com Carlos Alberto, tendo ambos
participado na novela Simplesmente Maria, dirigida por Walter Avancini. Em
1972, de volta à Rede Globo, Yoná Magalhães integrou a novela Uma Rosa com
Amor, ao lado de Marília Pêra e Paulo Goulart. Escrita por Vicente Sesso, com a
direção de Walter Campos, a novela contava a história da secretária Serafina
Rosa Petroni Marília Pêra e do seu amor pelo patrão, Claude Antoine Geraldi
Paulo Goulart. Na trama, Yoná Magalhães deu vida a Nara Paranhos de
Vasconcelos, que rivalizava com Serafina pelo amor de Claude.
No
ano seguinte, integrou o elenco de O Semideus (1973),de Janete Clair, sob a
direção de Daniel Filho e Walter Avancini. Faziam parte do elenco, Tarcísio
Meira, Glória Menezes, Francisco Cuoco, entre outros. Em 1974, atuou em Corrida
do Ouro, de Lauro César Muniz, que teve a colaboração de Gilberto Braga e a
direção de Reynaldo Boury.
Em
1975, a atriz atuou em duas novelas: Cuca Legal, de Marcos Rey, sob a direção
de Oswaldo Loureiro, e O Grito, de Jorge Andrade, que foi dirigida por Walter
Avancini, Roberto Talma e Gonzaga Blota. No ano seguinte, Yoná Magalhães
integrou o elenco de Saramandaia, de Dias Gomes, sendo novamente dirigida pelo
mesmo trio. Yoná participou, ainda, em Espelho Mágico (1977), de Lauro César
Muniz, com direção de Daniel Filho, Gonzaga Blota e Marco Aurélio Bagno. No
enredo, que retratava o quotidiano dos profissionais que trabalham na
televisão, Yoná Magalhães interpretou Nora Pellegrini, uma ex-estrela que
desempenhava papéis secundários.
Sinal
de Alerta, escrita por Dias Gomes e Walter George Durst, em 1978, apresentou a
atriz no papel da jornalista Talita, proprietária da Folha do Rio, um jornal
que liderava uma campanha contra a deterioração do meio ambiente. A novela teve
direção de Jardel Mello, Gonzaga Blota e Paulo Ubiratan.
TV
Tupi e volta à Rede Globo: 1979-1989
No
final da década de 70, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou na
Rede Tupi, atuando na novela Gaivotas (1979), de Jorge Andrade, e na Rede
Bandeirantes, onde participou nas novelas Cavalo Amarelo (1980), de Ivani
Ribeiro, Os Imigrantes (1981), de Benedito Ruy Barbosa, Wilson Aguiar Filho e
Renata Palottini, e Maçã do Amor (1983), de Wilson Aguiar Filho.
Em
1984, de volta ao Rio de Janeiro e à TV Globo, Yoná Magalhães viveu a
comerciante americanófila Maria da Graça, na novela Amor com Amor se Paga,
escrita pela autora Ivani Ribeiro e dirigida por Atílio Riccó, Jayme Monjardim
e Gonzaga Blota.
Em
1990, atuou em Meu Bem, Meu Mal, de Cassiano Gabus Mendes, no papel da
protagonista Valentina, irmã de Dom Lázaro, desempenhado pelo ator Lima Duarte.
Dois anos depois, participou na novela Despedida de Solteiro (1992), escrita
por Walther Negrão, Rose Calza e Ângela Carneiro, sob a direção de Reynaldo
Boury, Carlos Manga Júnior e Cláudio Cavalcanti. Até o final da década de 90,
participou ainda em outras três novelas do autor Walther Negrão: Anjo de Mim
(1996), na qual interpretou Ivete; Era uma vez... (1998), no papel de Anita; e Vila
Madalena (1998), quando viveu Abigail Rodriguez, a Bibiana. Yoná Magalhães
trabalhou ainda em A Próxima Vítima (1995), no papel de Carmela Ferreto (Cacá),
uma das quatro irmãs Ferreto (as outras foram Filomena Ferreto (Aracy
Balabanian), Francesca Ferreto (Tereza Rachel) e Romana Ferreto (Rosamaria
Murtinho. A personagem de Yoná era mãe de Isabella Ferreto (Cláudia Ohana), a
vilã da novela e ex-esposa de Adalberto, interpretado por Cecil Thiré, o pai de
Isabella, que no final viria a ser o serial-killer da trama. O personagem de
Yoná causou grandes discussões, por ter um relacionamento com um rapaz muito
mais jovem do que ela - Adriano, interpretado pelo ator Lugui Palhares.
Em
2001, a atriz participou de duas novelas: A Padroeira, de Walcyr Carrasco, com
a direção de Walter Avancini – em seu último trabalho – e Mário Márcio
Bandarra. E As Filhas da Mãe, escrita por Silvio de Abreu, Alcides Nogueira e
Bosco Brasil, com direção de Jorge Fernando. Do autor Silvio de Abreu.
Em
Agora É que São Elas (2003), novela de Ricardo Linhares, a atriz viveu Sofia,
sob a direção de Roberto Talma, Leandro Nery e Amora Mautner. No ano seguinte,
a atriz interpretou Flaviana, sogra do personagem de José Wilker, Giovanni
Improtta, em Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva. Na novela de José Wilker,
a personagem Flaviana implicava com o personagem de Wilker por ele se
relacionar com uma garota muito mais jovem do que ele, a ninfa bébé,
interpretada pela atriz Ludmila Dayer.
Em
2007, Yoná Magalhães integrou o elenco da novela Paraíso Tropical, de Gilberto
Braga e Ricardo Linhares. Na trama, deu vida à ex-vedeta Virgínia, mulher do
malandro Belisário Cavalcanti (Hugo Carvana), com quem participava em pequenos
golpes que visavam, sobretudo, manter o nível de vida do casal, agora
decadente. O personagem de Yoná teve brigas memoráveis com a personagem
Iracema(Daisy Lúcidi), que era síndica do edifício Copa Mara, em Copacabana,
onde as personagens moravam.
Em
2008, atuou na novela Negócio da China, de Miguel Falabella, interpretando
Suzete, mãe da protagonista Lívia (Grazi Massafera) e avó do menino Théo (Eike
Duarte).
Yoná
Magalhães participou também em importantes minisséries da TV Globo, como Grande
Sertão: Veredas (1985) e Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados (1995), e
atuou em diversas séries da emissora, entre as quais: A Vida Como Ela É, Você
Decide e Carga Pesada.
Em
2009, Yoná Magalhães participou na série Tudo Novo de Novo e na novela Cama de
Gato, ambos da Rede Globo, nesta última interpretando Adalgisa Monteiro de
Brito, que armava trambiques com Severo, personagem de Paulo Goulart.
Yoná
foi protagonista de grandes sucessos da televisão como: O Sheik de Agadir, Eu
Compro Esta Mulher, A Sombra de Rebeca, Demian, o Justiceiro, A Gata de Vison,
A Ponte dos Suspiros, Simplesmente Maria, Uma Rosa com Amor, Cuca Legal,
Saramandaia, O Grito, Espelho Mágico, Sinal de Alerta,Gaivotas, Cavalo Amarelo,
Maçã do Amor, Amor com Amor se Paga, O Outro e Vida Nova.
Com
o enorme sucesso da sua personagem Matilde, a dona da boate, na novela Roque
Santeiro, foi convidada, em fevereiro de 1986, a posar nua na revista masculina
Playboy, aos cinquenta anos de idade. Seu último trabalho foi na novela Sangue
Bom, interpretando a personagem Glória Pais.
De
1960 a 1965 foi casada com o produtor Luís Augusto Mendes, com quem teve seu
único filho: Marco Magalhães Mendes, nascido de parto normal, no Rio de
Janeiro, em 1964.
Seu
segundo casamento ocorreu de 1966 a 1971 com o ator Carlos Alberto. Após sua
segunda separação, não casou-se mais, apenas manteve relacionamentos amorosos
com homens anônimos e famosos.
No
ano seguinte, participou na novela de maior sucesso da história da TV Globo:
Roque Santeiro (1985), de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Na trama, dirigida por
Paulo Ubiratan, Jayme Monjardim, Gonzaga Blota e Marcos Paulo, a atriz deu vida
a Matilde, dona de uma boate onde trabalhavam as dançarinas Ninon (Cláudia
Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira).
A
seguir, Yoná Magalhães integrou a novela O Outro (1987), escrita por Aguinaldo
Silva, na qual interpretou a exuberante Índia do Brasil, secretária do
personagem Denizard, interpretado por Francisco Cuoco. Em 1989, desempenhou um
papel em Tieta, de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares,
tendo dado vida a Tonha, mulher de Zé Esteves Sebastião Vasconcelos, pai de
Tieta Betty Faria.
Faleceu
no Rio de Janeiro, na manhã do dia 20 de outubro de 2015, aos 80 anos. Yoná
estava internada desde o dia 18 de setembro, na Casa de Saúde São José, no
Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. O hospital informou que, no dia em que deu
entrada na unidade, a atriz foi submetida a uma cirurgia para corrigir uma
insuficiência cardíaca. Após o procedimento, ela foi interada na UTI, mas
apresentou sepse pós-operatória, devido a debilidade natural do organismo
devido a idade avançada, o que a levou ao falecimento às 10h05 da manhã. (da Wikipedia)
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